Ela era nova por aqui e tudo tinha ar de "novo". Na concepção dela era o começo de uma nova etapa, ela deixaria pra trás tudo o que tinha vivido, suas mágoas, seus antigos amigos, seu primeiro amor, recordações ... tudo! A partir dali a Analua seria outra pessoa.
Morena, alta, olhos castanhos claros, pele de pêssego, branca como a neve, o tipo de mulher que se destaca em qualquer lugar. Extravagante, personalidade forte, já era normal chamar atenção, e ela particularmente adorava isso, sempre dava um jeito de ter todo o foco nela, fosse ele bom ... ou não.
Um nome tão doce, pra uma mulher tão dedicida, e digo mulher porque era assim que ela se enxergava, 17 anos, quase 18 e ela era A mulher a partir daquele dia, iniciaria sua nova fase.
Mas o que uma mulher tão incrível como essa estaria fazendo perdida numa cidade pequena e porque ela decidiu mudar só agora?
Era o que todos se perguntavam, inclusive eu. Não, eu não tive a honra de conhecê-la. A vi em algumas ocasiões precisas e marcantes e que me chamaram muito a atenção, daí eu passei a observar a tão charmosa e encantadora Analua. Ninguém é perfeito, ninguém mesmo, mas com ela era diferente, não havia defeito algum naquela mulher, cheguei a procurar mínimos detalhes de expressão, vacilos de comportamento, vasculhei o passado... absolutamente nada de errado com ela.
Quem a conheceu, chegou a dizer que era um doce de pessoa, verdadeiramente e incrivelmente bondosa, carinhosa, simpática, sorridente ... elogios não faltavam a ela! Às vezes chega soava cansativo e meloso, ninguém poderia ser tão perfeito assim, aquilo me irritava.
Mas bem, o que eu poderia fazer? Já tinha procurado todos os defeitos possíveis e não havia encontrado nada, decidi me conformar, até que um dia algo me chamou atenção.
Estava eu voltando de uma festa, como todas as quintas-feiras, em meu caminho pra casa avistei um lindo carro estacionado em uma casa abandonada a alguns anos, em um bairro de classe alta da cidade. Até aí nada de estranho, mas adivinha quem sai da casa em um salto vermelho enorme, um sobretudo cinza e um chapéuzinho delicado ? Sim, a própria.
Eu poderia simplesmente ter me virado e ido embora, mas ao me ver ela entrou no carro, acelerou em segundos, fez meia-volta e veio com o carro na minha direção. De início levei na brincadeira, quando caí na real, ela estava vindo com tudo pra cima de mim, justo de mim! Me atirei na calçada, ela parou o carro bruscamente a poucos metros de mim, abriu o vidro, me olhou nos olhos e disse: - " Fique longe de mim " . E saiu. (CONTINUA)
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
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adoreeeeeei amiga, criatividade total :D
ResponderExcluirte amo :)