Tirando o fato estranhíssimo dela atirar o carro contra mim sem eu sequer ter dito nenhuma palavra, o que tinha de tão errado ou confidencial que eu não poderia saber?
Bem, se a intenção dela era realmente me manter longe ... ela NÃO conseguiu!
Na verdade eu tive a impressão de que ela queria me tirar dali o quanto antes, desviar minha atenção pra ela, mas enquanto eu inha esse raciocínio, mais uma pessoa saiu da casa abandonada: o prefeito da cidade. Mas como assim? Ele era um senhor de seus cinquenta e tantos anos, casado e muito bem casado, um homem de respeito, sério ... Será que eles estavam tendo um caso?
Não era difícil de imaginar que isso seria possível, afinal ela era uma mulher deslumbrante e que poderia conquistar qualquer homem que quisesse, mas já haviam boatos que ela estava saindo com um surfista novinho que era cobiçado por todas as adolescentes e até mulheres casadas. Mas se ela poderia estar com esse bonitão, porque atacaria justo o prefeito? Ele sempre me pareceu um homem tão sério ... mas era homem e como dizem: " a carne é fraca ".
Eu poderia achar normal, ela era linda e agora amante e eu até estava feliz por ter descoberto alguma coisa negativa sobre ela, mas daí a querer me matar só pra manter esse segredo, aí já era demais pra minha concepção de ' normal '.
Ok. Daí em diante o que eu poderia fazer? Depois de ser ameaçada, ser praticamente assassinada por um carro com uma motorista que é quase confundida com um anjo por todos (menos por mim), minha única opção era ficar só observando, mas eu não a deixaria em paz.
Depois dali os dias foram normais, eu ainda estava com medo, claro, mas nada de extraordinário poderia acontecer. Normal demais pra ser verdade. (continua)
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário